08 de setembro de 2004
Como é possível acreditar que um organismo como a ONU, fundado com a colaboração decisiva do totalitarismo soviético, que apóia ditaduras genocidas e terrorismo, e sobre o qual pesam acusações de corrupção e abuso sexual, pode ser a base para uma nova sociedade?
Acredito que – em meio à infinita capacidade humana de erguer ídolos de barro – não existe um totem mais poderoso, exercendo um fascínio doentio sobre grande parte da população mundial, do que a Organização das Nações Unidas. A ONU, para muitas pessoas, é a encarnação mesma do bem e da virtude, um organismo criado para a promoção da paz entre os homens, que alguns clamam, apoiados em estatísticas mais que duvidosas, ter sido de modo geral bem sucedido em seu intento.
Há certos fatos porém, acerca da ONU, que deveriam ser de conhecimento público, pois que demonstram sua verdadeira natureza coercitiva e antidemocrática. Tais fatos são tão pouco conhecidos e tão pouco divulgados que o endeusamento da ONU e conseqüentemente, a submissão do próprio governo brasileiro às suas designações, parece ser um projeto petista, ou melhor, das esquerdas, já que a premissa central por trás da ONU é a mesma por trás de todo o pensamento esquerdista: “A boa intenção de uma idéia é, por si só, capaz de justificá-la”. Vamos aos fatos então, pois eles falam melhor:
Primeiramente com relação aos seus arquitetos: Pouca gente sabe que 15 membros oficiais do Departamento do Tesouro Americano, entre eles Alger Hiss – que serviu de secretário geral da ONU em 1945 na conferência de fundação em São Francisco e que também colaborou junto com o Oficial Soviético V. M. Molotov na conferência de Dumbarton Oaks em 1944 na qual o Tratado Geral da ONU foi concebido – colaboravam diretamente com o governo soviético, como agentes duplos. Não é à toa que Joseph Stalin – um dos maiores tiranos do Séc XX – considerava a ONU como “um instrumento sério para a preservação da paz e da segurança internacionais”. Também não surpreende o fato que, enquanto a URSS promovia o caos mundial apoiando meio às escondidas todo tipo de ditadores e mercenários, os EUA se viam impossibilitados de agir nos limites da lei. A própria intervenção na Coréia só possível através de um incidente diplomático em que a URSS se absteve de votar no Conselho de Segurança.
Em segundo lugar, os beneficiários: De fato, após a criação da ONU, as grandes potencias européias conseguiram encontrar o caminho de paz e prosperidade. Porém, atribuir tal conquista a ONU revela uma absurda ignorância histórica. Muito mais importante foi a criação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço, que possibilitou a posterior estruturação da União Européia; ainda mais essencial foi o Plano Marshal, designado pelo governo americano para reerguer a Europa e transformá-la em parceiros comerciais, o que possibilitou a geração de riqueza e a manutenção da democracia. Por outro lado, foi a através da ONU que o terrorismo tornou-se o que é hoje, uma entidade transnacional parasítica da própria democracia e do estado de direito: foi na ONU que criminosos como Castro, Arafat e muitos outros encontraram respaldos para os seus discursos cheios de ódio. O fato da ONU ainda hoje promover a visão marxistoide do pobre e do oprimido como um ser imutavelmente bom, serve como escudos ideológicos para a ação terrorista do mesmo modo que limita e paralisa a reação dos governos democráticos.
Por fim, as vítimas: creio que oito mil mulçumanos mortos em Srebrenica em 1995 – cuja ONU, devido à proximidade de suas tropas de segurança, havia considerado o local seguro após a intensificação dos conflitos nos Bálcãs – merecem ser lembrados sempre que for sugerida a intervenção armada da ONU em qualquer conflito. Também deveriam ser lembrados, toda vez que se falasse da ONU como um órgão defensor das minorias, os cerca de 360.000 refugiados coreanos nos campos chineses que são sistematicamente ignorados pela ONU porque a China não concorda em classificá-los como fugitivos políticos. Lembremos também os milhões de vítimas de governos opressivos no Congo, Somália, China, Coréia do Norte e Cuba, que são quase sempre esquecidos nos acalorados debates da ONU onde Israel e EUA são os vilões universais.
Por fim, é bom lembrar que o número de vítimas não pára por aqui. Ninguém mais fala a respeito dos abusos sexuais sofridos por crianças africanas(leia o artigo "Agentes da ONU acusados de estuprar crianças no Sudão" - http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5494) nas mãos dos “bondosos” agentes da ONU; ninguém mais discute a complacência da ONU com os crimes cometidos contra fazendeiros brancos na África do Sul-Zimbábue; e, já que falar sobre o Iraque ainda "está na moda", porque não discutir as irregularidades no Programa Oil-for-Food? Tal programa não trouxe comida para o Iraque mas parece ter enriquecido diversos membros da ONU, inclusive o próprio Kofi Annan, cujo empenho para a criação de um governo mundial não deixa nada a desejar aos mais desprezíveis delírios de Bonaparte ou Hitler.
Em meio a tanta desonestidade, covardia, irregularidades e crimes; parece que a face sombria da ONU é mesmo a sua força dominante; servindo como prelúdio de um governo mundial que, sob nossos narizes, vem gradualmente tornando-se onipotente, ameaçando tudo que hoje entendemos como liberdade.
Fonte - www.midiasemmascara.com.br
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