sábado, 1 de setembro de 2007

Debate pré-moldado

Olavo de Carvalho
Jornal do Brasil, 29 de março de 2007


“Moldar o debate” é a técnica usada por grupos de interesse para impedir que as discussões públicas apreendam a substância dos problemas e canalizá-las numa direção forçada, postiça, previamente calculada para servir aos objetivos do grupo.

Nos anos 70, essa técnica tirou os EUA do Vietnã, deixando o caminho livre para que os comunistas assassinassem três milhões de civis ali e no vizinho Camboja. O truque foi desviar a discussão do problema central -- a ameaça vietcongue – e concentrá-la no estereótipo da “paz”. A paz acabou matando quatro vezes mais gente do que a guerra, mas quem liga para isso?

Pelos mesmos meios foi liberado o aborto, escamoteando a questão essencial – o que é e como se faz um aborto – e fixando o debate na “liberdade de escolha”. Com ajuda de estatísticas falsas (o número de mulheres mortas em abortos ilegais nos EUA foi artificialmente esticado de 250 para dez mil por ano), a militância abortista dessensibilizou a opinião pública para o fato de que se tratava de matar, por meios inconcebivelmente cruéis e dolorosos, milhões de crianças aptas a sobreviver fora do ventre de suas mães a partir do quinto mês de gestação.

Uma nova fraude em massa está em vias de se consumar, agora no Brasil, pelo uso do mesmo engodo. O movimento gay planeja tornar o homossexualismo, por lei, a única conduta humana superior a críticas. É a pretensão mais arrogante e ditatorial que algum grupo social já acalentou desde o tempo em que os imperadores romanos se autonomearam deuses. Aprovada a PL 5003/2001, os brasileiros poderão falar mal de tudo – dos políticos, dos vizinhos, do capitalismo, da religião, de Deus, do diabo. Mas, se disserem uma palavra contra aquilo de que os homossexuais gostam, irão para a cadeia.

Esse é o sentido da lei, essa é a substância da proposta. Mas é proibido discuti-la. É obrigatório ater-se à escolha estereotipada entre “homofobia” e “anti-homofobia”. Homofobia, a rigor, é um sintoma psiquiátrico raríssimo. Quantas pessoas você conhece que têm horror aos homossexuais ao ponto de querer surrá-los ou matá-los pelo simples fato de serem homossexuais? Fazer da “homofobia” o centro do debate é obrigar todo mundo a chamar por esse nome pelo menos três coisas que não têm nada a ver com homofobia: a repulsa espontânea que a idéia de relações com pessoas do mesmo sexo inspira a muitos heterossexuais, repulsa que não implica nenhuma hostilidade ao homossexual enquanto pessoa e aliás é análoga à que tantos homossexuais têm pelo intercurso hetero, sem que ninguém os chame de “heterofóbicos” por isso; as objeções religiosas ao homossexualismo, que vêm junto com a proibição expressa de odiar os homossexuais; e a oposição política às ambições do grupo gay , tal como exemplificada neste mesmo artigo. Reunir tudo isso sob o nome de “homofobia” já é criminalizar a priori qualquer resistência ao desejo de poder da militância homossexualista, já é impor a lei antes de aprovada, manietando o debate por meio da intimidação e da chantagem. É embuste consciente e premeditado. A mídia nacional quase inteira é culpada disso.
(Foto: Pedro Motta)

Vendaval de processos é tentativa de impedir críticas ao movimento homossexual.

Matthew Cullinan Hoffman

Brasil, 29 de agosto de 2007 (LifeSiteNews.com) — Nas semanas recentes, grupos homossexuais do Brasil vêm tentando silenciar seus oponentes com um vendaval de processos que se aproveitam do clima político pró-homossexualismo do Brasil.

Em 5 de agosto, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) entrou com uma queixa criminal contra vários sites por desmascararem o fato de que o líder do movimento homossexual do Brasil, Luiz Mott, promove a pedofilia e a pederastia (veja a recente cobertura de LifeSiteNews em http://www.lifesite.net/ldn/2007/jul/07073011.html).

Os sites Mídia Sem Máscara, Ministério Apologético Cacp e JesusSite são acusados de “charlatanismo, infâmia, difamação e calúnia”, por terem citado numerosas declarações de Mott aprovando sexo com crianças e adolescentes. A ABGLT está solicitando processos criminais e também indenizações financeiras.

Na semana passada, a ABGLT também entrou com uma ação contra Rozangela Alves Justino, uma psicóloga brasileira que oferece terapia aos homossexuais que desejam mudar sua orientação. O Conselho Federal de Psicologia do Brasil decidiu que os psicólogos estão proibidos de realizar terapia reparativa na área da homossexualidade, e a ABGLT está solicitando que a licença de Rozangela seja revogada.

A organização se queixa de que Rozangela é “adversária do movimento de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, e tem se destacado no cenário nacional por apoiar e desenvolver programas de ‘reversão’ e/ou ‘resgate’ da homossexualidade à heterossexualidade”.

Recentemente, a ABGLT também solicitou que Silas Malafaia, um famoso psicólogo e pastor brasileiro, seja investigado por comentários que ele fez num programa de TV se opondo à conduta homossexual, ao aborto e às pesquisas com células-tronco. De acordo com o site homossexual brasileiro gay1.com.br, Malafaia “retrata a homossexualidade e a luta dos homossexuais pela igualdade de direitos de maneira claramente discriminatória”. A ABGLT solicita que os procuradores determinem medidas a serem tomadas contra Malafaia e as estações de TV que transmitiram o programa.

Olavo de Carvalho, editor do Mídia Sem Máscara e colunista de jornais brasileiros, diz que os processos são uma tentativa de intimidar os oponentes do movimento homossexual do Brasil e desviar a atenção de uma investigação criminal contra Mott e outros líderes homossexuais por defenderem a pederastia e o abuso sexual de crianças.

Carvalho disse para LifeSiteNews que ele vê a busca de poder do movimento homossexual como um dos componentes do movimento socialista do Brasil, que está buscando mais e mais poder. “Creio que eles realmente querem muito poder, porque o movimento homossexual não é independente. É parte da máquina esquerdista. E a esquerda agora no Brasil tem poder quase que total. Eles controlam tudo. Eles são mais poderosos do que o próprio Estado brasileiro, e isso não é o suficiente para eles. Eles querem mais e mais e mais, e o movimento homossexual é um instrumento dessa estratégia”.

Embora uma lei proibindo críticas ao homossexualismo tenha sido proposta, ainda não foi aprovada. Apesar disso, muitos juízes brasileiros simplesmente agem como se tal proibição já existisse. “Eles estão procedendo como se a lei existisse… Eles querem forçar o Congresso a aprovar a lei, de modo que agem como se a lei já tivesse sido aprovada. Muitos brasileiros crêem que essa lei realmente existe. É um tipo de fraude psicológica”, disse Carvalho.

Os homossexuais brasileiros conquistaram vitórias no passado com essa estratégia. O Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, presidente da Associação Pró-Vida de Anápolis, foi legalmente obrigado a pagar uma multa de 6.000 reais em 2005 por chamar a antropóloga pró-aborto Débora Diniz Rodrigues “pró-aborto”. O juiz que presidiu o caso considerou o rótulo “ofensivo”. O Pe. Lodi apelou, mas a decisão foi sustentada.

Em junho deste ano, uma coalizão de grupos protestantes, a Visão Nacional para uma Consciência Cristã (VINACC), foi legalmente obrigada a parar sua campanha em defesa dos valores da família contra o ativismo homossexual. Eles receberam ordens de remover outdoors e anúncios de sua campanha, e de cancelar um evento público já programado, porque, de acordo com o tribunal, a campanha deles era “homofóbica”.

Contudo, nem todas as tentativas de intimidar e silenciar os oponentes da conduta homossexual tiveram êxito.

Em 29 de maio deste ano, um pastor luterano da cidade brasileira de Rancho Queimado, o Rev. Ademir Kreutzfeld, foi submetido a uma investigação criminal quando foi acusado de telefonar para estabelecimentos comerciais locais num esforço para informá-los de que um jornal que eles estavam patrocinando estava promovendo a agenda homossexual. O ativista homossexual que possui o jornal entrou com queixa contra o pastor por “difamação”. Contudo, em 29 de agosto, Kreutzfeld alegremente anunciou que depois de uma breve audiência que foi “muito bem conduzida” pela juíza, o queixoso desistiu das acusações.

Olavo de Carvalho observa que no atual clima político, tal decisão pode prosseguir numa ou outra direção, dependendo totalmente da filosofia do juiz escolhido. “É impossível predizer essas coisas porque tudo depende de qual juiz julgará a queixa, e isso é imprevisível porque a seleção do juiz é feita a esmo… nunca sabemos… pode acontecer qualquer coisa”, disse ele.

fonte:juliosevero.com.br

O artigo original encontra-se aqui: http://www.lifesite.net/ldn/2007/aug/07083007.html

Artigos anteriores de LifeSiteNews:

Leader of Brazil Homosexual Movement Under Investigation for Pedophilia
http://www.lifesite.net/ldn/2007/jul/07073011.html

Brazilian Priests Could Face Jail-time for Saying that Homosexuality is A Sin
http://www.lifesite.net/ldn/2007/mar/07031904.html

BRAZIL ELECTS PRO-ABORTION, ANTI-FAMILY PRESIDENT
http://www.lifesite.net/ldn/2002/oct/02102803.html